A leitura contemplativa, como um gesto sacro, teve suas práticas substituídas na modernidade por modelos menos centralizados e controlados de interação.
Com a evolução tecnológica dos suportes, e sua interatividade característica, a assimilação não-linear do conhecimento passou a ser considerada nas estratégias e objetivos da leitura enquanto processo de aprendizagem ou recepção.
O funcionamento e a dinâmica da apreensão humana do conhecimento, baseados
no acesso as referências prévias a partir das informações dispostas, dialoga com a experiência de leitura proposta pelo uso das plataformas digitais contemporâneas. A exploração do texto — e o potencial contato com outros textos relacionados — é facilitada pela velocidade de seleção e comparação de dados e resultados. Esse efeito hipertextual cria possibilidades de transformação do texto anterior em um novo.
Numa disputa entre automatismo e autenticidade, a redução do texto — por uma possível recondução total aquilo que já é conhecido — tira sua força, na medida em que seu poder vive em sua originalidade.
As narrativas a seguir exploraram e refletem essas características históricas da hipertextualidade.
Entre em uma porta e se aventure em uma história.